Lidando com suas preocupações
Aqueles que têm o privilégio de conviver com pais longevos muitas vezes se deparam com o momento em que se dão conta pela primeira vez que seus pais parecem estar “ficando velhos”.
Pode vir depois de uma internação ou de um evento marcante da vida, como a morte de um cônjuge, quando os pais, que antes eram uma fonte de força e apoio, agora parecem frágeis e fracos. Essa percepção pode abrir a porta para muitas emoções, incluindo medo, tristeza, nostalgia, preocupação, ansiedade e até raiva.
É nesse momento que a incerteza emocional de ajudar alguém que está envelhecendo começa a nos rondar. E muitas vezes, se surgirem condições que levem à necessidade de intervenção, as moções podem se tornar ainda mais complicadas. Por isso pode ser importante envolver outras pessoas.
Dinâmica familiar
A boa notícia é que as famílias entram nessa jornada juntas. Mas há más notícias; sim, você adivinhou: as famílias entram nessa jornada juntas. Ajudar um pai idoso pode trazer o melhor e o pior de todos. Uma variedade de reações ocorrerá quando houver necessidade de intervenção. Geralmente, a resposta de cada pessoa estará de acordo com sua personalidade usual, mas potencializada. Aqueles que tendem a se preocupar se preocupam, aqueles que gostam de negar podem estar faltando em ação, o “pesquisador” começará a coletar informações e a pessoa “responsável” poderá querer controlar. Essas dinâmicas são ainda mais complicadas quando alguns membros da família moram perto do ente querido e outros moram longe.
E infelizmente nem sempre as famílias começam a conversar sobre o envelhecimento e as opções futuras, antes que haja uma necessidade imediata de o idoso ter ajuda. Por isso, quando ocorre um evento precipitante, este trabalho prévio, que facilitaria as coisas, não está solidificado. O que intensifica a incerteza emocional e, provavelmente, um período de descontrole quando chega a hora de tomar decisões com e para uma pessoa mais idosa entrando em uma fase de necessidade de assistência.
Isso tende a impulsionar os níveis de estresse.
Organizando as emoções
Para a maioria das adultos-filhos, as emoções relacionadas a ajudar um pai idoso são complicadas, porque, ao mesmo tempo em que ajuda os pais a lidar com suas emoções, também se está processando os próprios sentimentos. Estes podem envolver sentimentos de perda da casa da família e/ou o papel dos pais na família, medos sobre finanças, questões não resolvidas com os pais, uma percepção do próprio envelhecimento e mortalidade, e ressentimento por ser forçado a um papel de cuidador durante o que é provavelmente uma época muito agitada da vida. E depois há os sentimentos de culpa sempre presentes e aparentemente universais.
Como se não bastasse, tem as assustadoras realidades cotidianas de ajudar um pai idoso – decisões a tomar, tarefas a serem realizadas, questões financeiras e jurídicas, preocupações médicas, etc. O preço emocional pode ser o mais desgastante de tudo. Isso também tende a levar a mais estresse.
Então, como lidar com as emoções que acompanham esta fase da vida? Bem, existem tantas respostas quanto existem situações. No entanto, existem alguns princípios gerais que você pode aplicar na maioria das circunstâncias.
Mudando as emoções
Sentimentos de estresse durante um período de mudança para um parente que está envelhecendo são normais. Não é incomum descobrir que você está lidando com emoções como raiva, ressentimento, preocupação e culpa. Para te ajudar a navegar nestes turbilhão de sentimentos, saiba que:
- Você não está sozinho. Converse com seu médico ou médico de referência de seu parente.
- Fale com especialistas na área e confie neles.
- Confie que você está fazendo o melhor que pode e use esse conhecimento para apagar a culpa. A maioria de nós irá se preocupar com o cuidado de um ente querido idoso uma vez na vida, talvez duas. E não aprendemos a lidar com isto na escola, só no dia a dia mesmo.
- Mantenha a esperança viva. Os residenciais e serviços para idosos não são mais aqueles lugares tristes e de abandono. Eles precisarão de tempo para se ajustar. Mas não ceda à noção de que a solidão e a depressão são a norma para as pessoas em sua fase da vida, e não as deixe ceder a elas também.
- Saiba o que esperar dos serviços de idosos e não tenha medo de defender seus pais. Você os conhece melhor do que ninguém. Entre em contato com a equipe assistencial e peça-lhes especificamente que convidem seus pais para participar de alguma atividade, ou cuidar de uma necessidade específica, etc.
- Não há problema em sentir o que você está sentindo. Há perda nesta jornada, sinta-a e expresse-a – mas não aos seus pais. Converse com irmãos, amigos ou um profissional. Desta forma, você pode estar lá para o seu parente que também está sofrendo perda.Se você está sentindo essas e outras emoções relacionadas a ajudar um parente idoso, lembre-se: você não está sozinho. Na Senior Vita, entendemos essa incerteza emocional e estamos aqui para ouvir, entender e fazer parceria com você para ajudá-lo a encontrar uma solução. Entre em contato com a gente.